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Homens têm mais pedras nos rins do que as mulheres?

Postado à, 160 dias atrás | 3 minutos de leitura

Homens têm mais pedras nos rins do que as mulheres?
Luciana de Oliveira

Alimentação rica em sódio e proteínas como o churrasco 

pode ser um dos fatores

A incidência de cálculo urinário, também conhecido como pedra nos rins, é maior em homens do que em mulheres, e várias hipóteses têm sido sugeridas para explicar essa diferença. Aproximadamente 12% dos homens e 6% das mulheres terão a doença ao longo da vida; a estimativa é do Ministério da Saúde. Entre os fatores que podem colaborar para essa discrepância, está a alimentação, que pode desempenhar um papel significativo nessa diferença.
 
 
 
“Dietas com maior teor proteico e de sódio são frequentemente associadas a um aumento no risco de formação de cálculos urinários. Além disso, uma menor hidratação, também pode contribuir para essa incidência”, explica o urologista e especialista em cirurgia robótica urológica do Hospital Israelita Albert Einstein José Roberto Colombo Junior.
 
A prevenção do cálculo urinário é baseada na ingestão de líquidos, idealmente acima de 2 litros por dia. “O consumo de líquidos ricos em citrato, como sucos cítricos, especialmente de limão, é ainda mais eficaz. Para pessoas que já possuem o diagnóstico de cálculo urinário, a investigação metabólica é muito importante, a fim de identificar alterações, especialmente do cálcio, que possam ser tratadas com medicamentos”, recomenda o especialista.
 
Sintomas
 
O principal sintoma do cálculo urinário é a dor aguda e de forte intensidade, conhecida como cólica renal, que normalmente inicia-se na região lombar e pode irradiar para a região abdominal. “É comum apresentar náuseas e vômitos associados à dor. A presença de ardor ao urinar e a urina com sangue também podem fazer parte do quadro clínico. A presença de febre (temperatura maior do que 37,8ºC) pode indicar uma infecção urinária associada, aumentando a gravidade do quadro. A dor ocorre quando o cálculo migra do rim em direção à bexiga, atravessando um canal conhecido como ureter, causando a obstrução ao fluxo urinário”, explica o médico.
 
Tratamento cirúrgico
 
O urologista explica que, normalmente, a cirurgia é indicada em casos em que exista uma infecção associada, dor refratária ao tratamento medicamentoso e dilatação do rim. “A cirurgia deve ser personalizada para cada paciente, mas o tratamento mais comum é a fragmentação do cálculo utilizando o laser, seguida da remoção dos maiores fragmentos e a colocação de um cateter chamado de duplo.”