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O papo é a Casa Francesa de Piraju, um hotel 5 estrelas com preço de pousada

Postado à, 682 dias atrás | 8 minutos de leitura

O papo é a Casa Francesa de Piraju, um hotel 5 estrelas com preço de pousada
Jorge Franco
colaborou
 
Nosso papo é com o paulistano/pirajuense Sebastião e o seu marido francês Pascal (48 anos). Eles abriram em Piraju há 6 meses a Casa Francesa em frente ao Colégio Moreira Porto um misto de hotel /pousada que vem ganhando hóspedes e admiradores a cada dia, seja pelo estilo único da região ou pelo carisma dos donos. 
A casa foi comprada da família do doutor Wandercye  e foi feito o que os arquitetos chamam de retrofit (adaptar a originalidade com uma pitada de atualização).O projeto foi da arquiteta Flávia Cury de Piraju.
O lugar é um sonho.
Hoje o local tem um "toque francese" (como o nome sugere) em cada detalhe, seja com livros e móveis ou até mesmo no suave fundo musical. 
O que era um campo de futebol virou uma charmosa piscina com pedras hijau e agora a casa dispõe de 7 suítes, cada uma com sua personalidade. Começamos falando com Sebastião, seguimos com Pascal e concluímos com Sebastião novamente. Vale a pena ler essa história.
Contato com a Casa Francesa para reservas Casa Francesa de Piraju
Sebastião Oliveira 
 14 99783-5551
 
Onde entra Piraju na vida de vocês?
Meu nome é Sebastião, meu pai se chama Sebastião, meu avô é Sebastião e meu bisavô é Sebastião por causa do padroeiro da cidade. Morei sempre em São Paulo e sempre vinha a Piraju quando era pequeno com minha família, os melhores momentos da minha infância eu vivi aqui com meus primos. Minha avó era aposentada e chegou a cuidar de um sitio ao lado da Fazenda do Estado e o encontro da família era em Piraju
 
E como foi após a infância?
Sebastião- Eu estudei comercio exterior, como eu falava francês, comecei a trabalhar com exportação de equipamentos cirúrgicos para Africa. Meu professor de francês é amigo em comum do Pascal, tivemos um relacionamento a distância e acabou que fui pra França e fiquei 10 anos lá, onde o Pascal já estava morando em Paris, antes trabalhava com banco e hoje é coach. 
E como veio a ideia de criar mudar/criar a Casa Francesa?
Nos morávamos em um apartamento duplex de 60 metros quadrados e começamos a alugar um espaço, o pessoal queria ir na Semana de Moda de Paris, na Disney, Louvre e começamos a dar as dicas, era muito gostoso, ganhávamos dinheiro e experiência com as pessoas, mesmo tirando um pouco de nossa privacidade por ser pequeno o apartamento
 
E como foi sair de um lugar onde muitos sonham em morar?
Após o atentado em Paris (2015), o clima ficou muito tenso porque em varias lojas, supermercados tinha um alerta na porta dizendo que o local é perigoso e poderia entrar uma pessoa com uma bomba. A cidade é linda para visitar, mas tem um clima tenso , custo de vida alto e veio a pandemia. A pandemia mudou muito o jeito de muitos verem a vida. Morávamos a 1 km do Louvre, mas até as arvores são artificiais, diferentes do que vemos aqui.
E veio a ideia de virmos para Piraju, que vendo de fora é uma cidade que tem muito potencial, mesmo o pirajuense não conseguindo ver. 
 
Pascal, como foi sair de Paris e vir morar em Piraju, uma cidade que você conhecia através dos olhos do Sebastião?
Pascal- Eu nasci em uma pequena cidade medieval, perto do marcom mais de 1500 anos, então eu sempre tive contato com a natureza, foi uma coisa muito simples e natural pra mim;
Paris foi um lugar apenas para eu trabalhar, trabalhava 10, 12 horas por dia com um custo de vida muito alto e sempre gostei das historias que o Sebá contava da família e fiquei com vontade de morar na América do Sul.
 
E como é para se adaptar com nossa língua?
Pascal- Eu sou o estrangeiro, então sei que sou eu que tenho que me adaptar, mas me esforço e quando não falam tão rápido eu já entendo, mas o sotaque do interior acho um pouco mais difícil, mas preciso melhorar para facilitar minha adaptação, mas pra escrever preciso pensar muito pra não terem uma adaptação ruim do que quero dizer
E por que um hotel em Piraju?
Pascal- Gostamos de viajar, arquitetura, então queríamos algo ligado no turismo, vimos que já existem alguns hotéis, mas existe uma demanda, a ideia de um produto francês vende muito bem no Brasil, então colocamos moveis, livros, música de fundo francesa. 
Queríamos fazer um local que as pessoas tivessem vontade de ficar, algo aconchegante, com vida, sem sermos invasivos. 
 E como esta sendo essa experiência em Piraju?
Sebastião- O Pascal trabalhou como barman em Londres, vendeu sorvete nos Estados Unidos, eu trabalhei no comercio em São Francisco; quando cheguei em Paris trabalhei vendendo bolos em uma loja russa e isso ajudou muito.Tive um inicio difícil na França, e quando consegui um trabalho bacana como gerente de hospitalidade em um super banco da França, onde recebia ministros e até o presidente da França, fomos para China e decidimos que íamos fazer o projeto Brasil.
Mesmo com tudo que conseguimos na França eu prefiro estar no Brasil, foi difícil conseguir e aí pedi a conta, me ofereceram o dobro, mas eu quis vir.
 
E pra ser finalizar, como vocês definem a Casa Francesa?
Sebastião- "Um hotel 5 estrelas em  Piraju pelo preço de uma pousada!"
 
Agora que já conheceram um pouco da história da Casa Francesa e de seus proprietários, fica a dica pra conhecem um pouco da França em Piraju. A Casa Francesa, um local onde podem ir bater um papo super agradável com seus amigos, tomar uma cervejinha e pra quem gostam eles também abrem para day use.